4 de out. de 2016

Hoje é dia de São Francisco!

Sempre gostei muito da história de São Francisco - pela simplicidade, pelo amor à natureza e pela sabedoria que nos inspira. 
E como gateira que sou, rs, esse santo está sempre presente no meu dia-a-dia, no convívio tão amoroso com meus companheirinhos. Um salve a São Francisco! 
 
Olhem só quanta gostosura poder conviver com esses seres tão carinhosos! 

Esse é o Duca, que adora subir nas árvores, abrir portas e comer espinafre.

Essa é a Sophie, a mais velha da turma, a mais charmosa e a mais dengosa. Literalmente, só faz o que quer.

O Khalid! Esse é um caso à parte. Carente, "pidão", o mais amoroso e o abraço de gato mais gostoso da vida!

E o que falar da Menina? Que foi chegando aos pouquinhos, sem ser convidada, e conquistou nosso coração. Meu chicletinho, um tanto temperamental, imprevisível, mas enche a casa de alegria!

E a família não para por aí... tem o Ozzie e a Lolla, os gatos do irmão mais novo.


O Zeca e o Catito (o primeiro da família, que já virou estrelinha), gatos dos meus pais.




E o Fradique (também já é uma estrelinha) e a Flor, gatos do irmão do meio.




E para fechar esse pequeno post, uma citação tirada do livro "Alice no país das Maravilhas", de Lewis Carrol:
"Aonde fica a saída?", Perguntou Alice ao gato que ria. 
"Depende", respondeu o gato.
"De quê?" replicou Alice. 
"Depende de para onde você que ir..."

São Francisco, protetor dos animais, sabia o quanto podemos aprender com essa convivência.
Eu aprendo todos os dias!







3 de out. de 2016

Grupos Arteterapêuticos para Terceira Idade


O Espaço Cuidar com Arte faz um convite especial para a terceira idade: 


Encontros Arteterapêuticos todas as segundas-feiras, das 15h às 17h, a partir do dia 24/10/2016.

Momento para estar em grupo e trocar experiências com outras pessoas, usando a expressão artística como recurso facilitador desse processo. 


O Espaço Cuidar com Arte está localizado a 180 metros do metrô Vila Madalena.

Esperamos por vocês!




26 de set. de 2016

Vida e Morte - a eterna dança da transformação


Temos uma dificuldade muito para lidar com a morte porque não conseguimos perceber que ela se faz presente o tempo todo em nossa vida! A morte enquanto transformação, enquanto processo de crescimento e evolução – só deixando morrer o que não nos cabe mais (nosso corpo infantil, nossas ilusões, um pensamento mais rígido, uma situação...) que podemos abrir espaço para o novo – uma nova configuração, um novo sentido, uma nova forma de ser.
Quanto mais nos apegamos ao que deixou de existir, ou ao que não tem mais espaço na agenda diária, mais fixados e neuróticos ficamos, mais rígidos e limitados em nossas percepções de mundo.
É preciso abertura para que o mundo aconteça, para que as vivências sejam acolhidas pelo nosso ser, e assim vamos nos transformando, rumo à nossa individuação.
Vida e morte se entrelaçam na dança da transformação, na geração de novos caminhos, na força da criatividade, em cada escolha efetivada, em cada desafio da vida, em cada passo da jornada.
Você é a mesma pessoa que foi ontem? O que mudou? O que morreu em você para dar vida a novas possibilidades?
Para continuarmos refletindo sobre essas questões, um vídeo que mostra o início da vida e todas as transformações presentes nos nove meses de gestação. O início que se dá pela morte/transformação do espermatozoide e do óvulo, para a formação do ovo. Morte e vida que se encontram no incessante processo de evolução humana. Diante desse fato, gosto muito da visão poética apresentada por Rubem Alves em seu texto “A morte como conselheira”. Alguns trechos: 

“É companheira silenciosa que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, dizendo sempre a verdade e nos convidando à sabedoria de viver.
O que ela diz? Coisas assim:
“Bonito o crepúsculo, não? Veja as cores, como são lindas e efêmeras... Não se repetirão jamais. E não há formas de segura-las. Inútil tirar uma foto. A foto será sempre a memória de algo que deixou de ser... E esta tristeza que a beleza dá? Talvez porque você seja como o crepúsculo.... É preciso viver o instante. Não é possível colocar a vida numa caderneta de poupança...”
(...)
Na verdade, a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos.
(...)
Acho que para recuperarmos um pouco a sabedoria de viver seria preciso que nos tornássemos discípulos e não inimigos da Morte. Mas para isso seria preciso abrir espaço em nossas vidas para ouvir a sua voz. Seria preciso que voltássemos a ouvir os poetas....”

E agora, o vídeo:

12 de set. de 2016

Curso novo no Espaço Cuidar: Recursos arteterapêuticos na psicoterapia infantil de base fenomenológico-existencial

Estamos com projeto novo saindo do forno! Um curso que unirá a Fenomenologia Existencial, a Arteterapia e o trabalho clínico infantil.




Trabalhar com crianças em psicoterapia é, necessariamente, entrar em seu mundo e estabelecer o contato com ela a partir de sua linguagem própria, que é o lúdico, o brincar, o estar junto. Nesse sentido, é imprescindível que o profissional tenha uma gama de recursos lúdicos para apresentar à criança, pois só assim poderá compreender o seu modo de ser. 

Buscamos na Arteterapia as propostas a serem oferecidas no trabalho terapêutico infantil. A Arteterapia abre um universo de possibilidades a serem construídas no caminho em busca de superações e ressignificações. São diversos os materiais utilizados, cada qual com sua especificidade e objetivo. Falaremos sobre isso no curso - o que promove o trabalho com cores, com argila, a importância da colagem, entre tantos outros recursos expressivos que serão apresentados. 

Nosso olhar é o da Fenomenologia, que acolhe o que a criança nos entrega sem pré-determinações. É a criança que nos mostra o seu mundo, a partir de sua criatividade, e em uma relaçao de parceria e cumplicidade vamos ampliando o nosso horizonte de compreensão.

O curso acontecerá em um fim de semana, e está estruturado da seguinte maneira: 
Iniciaremos com uma exposição teórica sobre os principais fundamentos da Fenomenologia Existencial, o trabalho com a criança, e a apresentação dos recursos arteterapêuticos que podem ser aplicados nesse contexto.

Porém, nossa proposta é que seja um curso predominantemente vivencial, pois quando o profissional propõe à criança uma atividade expressiva, é importantíssimo que ele tenha tido a vivência prévia com tal recurso. Isso faz toda a diferença! 
Dessa forma, preparamos um roteiro de vivências para que os alunos experienciem as técnicas que poderão ser utilizadas com seus clientes. Esse roteiro também foi pensado de forma que o aluno faça uma jornada interna de resgate à sua criança interior, pois é cuidando dela que podemos oferecer o cuidado para a criança que está fora. 

Teremos vivências para cada fase do trabalho infantil: 
- O início, a acolhida e a formação de vínculo;
- A avaliação psicólogica da queixa apresentada;
- O trabalho psicoterapêutico propriamente dito;
- O momento da alta.

Além das atividades vivenciadas, será entregue uma apostila com outros recursos arteterapêuticos, complementando o conteúdo do curso.

Público Alvo: Psicólogos, psicopedagogos e estudantes dessas áreas.

Data: 26 e 27 de novembro de 2016

Horário: 8h30 às 18h00

Valor: R$ 500,00 (Pagamento via PagSeguro, facilitado em até 18x) – Material de todas as vivências incluso.

Local: Espaço Cuidar – Clínica Psicológica e Centro de Estudos
Rua Paulistania, 242 – Sala 12 – Vila Madalena (próximo à estação do metrô Vila Madalena)

Profissionais:
Anna Paula R. Mariano – Psicoterapeuta Existencial, Arteterapeuta e coordenadora do Espaço Cuidar
Audrei Souza – Psicóloga, Coach, Terapeuta Floral e Arteterapeuta
Rosane Cotta Seilhe Perrote – Terapeuta Naturista e especializanda em Arteterapia

Para fazer inscrição:
Clique aqui para acessar o site do Espaço Cuidar, clique no link referente ao curso e siga os passos que serão orientados.

Mais Informações: espacocuidar@gmail.com

30 de ago. de 2016

Novidades no Espaço Cuidar com Arte

Hoje quero compartilhar algumas novidades que estão acontecendo por aqui!
Uma parceria linda entre arteterapeutas apaixonadas pela profissão começou a se formar e, desse encontro, muitas ideias, muitos sonhos e muita criatividade!



Estamos organizando nosso primeiro evento para um final de semana de novembro. Abordaderemos o trabalho arteterapêutico voltado para o atendimento clínico infantil no enfoque fenomenológico-existencial.

Será um curso voltado para psicólogos, pedagogos, psicopedagogos e estudantes dessas áreas, que buscam referenciais teóricos e práticos para a atuação junto a crianças em clínicas, escolas, creches, no trabalho em grupo ou individual.

O curso apresentará exposição teórica sobre a Fenomenologia Existencial, a criança e seu mundo e a Arteterapia e muitas propostas vivenciais a partir dos recursos arteterapêuticos.



Como estamos montando as atividades práticas e os temas abordados, aceitamos sugestões! Quais os desafios do atendimento infantil? O que você gostaria de saber sobre a prática com a criança? Deixe as sugestões nos comentários!

Mais informações, em breve!

Um forte abraço
Anna Paula R. Mariano

 


2 de ago. de 2016

Separatio - Separar para integrar

No post anterior, falamos sobre a matriz, que está relacionada ao feminino, à natureza, ao inconsciente como essa força e geradora de vida, que temos acesso em nós, se lembrarmos de buscar essa fonte, de nos conectarmos com ela. Hoje vamos ver uma das operações alquímicas, a "separatio" - que quer dizer separação: é o principio masculino, o princípio do logos, do discernimento, da discriminação
Pensando na teoria junguiana, a matriz é como se fosse um mar de forças latentes, que nada mais é do que o incosciente coletivo. Quando nascemos, estamos mergulhados nesse mar indiferenciado de energias, e aos poucos vamos nos diferenciando. É como se do meio desse mar fosse surgindo uma ilha. Essa ilha é a cosciência, e o centro da ilha corresponde ao Ego. 
O Ego é o princípio ativo que vai promover a diferenciação do mar original de energias. O Ego pode ser visto como o herói que mata o dragão, que salva a donzela e enfrenta os monstros.
E o que significa tudo isso?
Nascemos imersos na matriz - que nos oferece energia, força, vida... é a mãe. Mas não podemos ficar no colo da mãe, simplesmente. Temos que nos diferenciar e é o Ego que faz isso. 
A primeira diferenciação que fazemos é dividir o mundo em dois: sujeito/objeto, dentro/fora, bem/mal, Ego/não Ego. Polarizar é uma tarefa bem complexa. 
Depois de diferenciarmos os opostos, nos identificamos com um dos polos, e o outro vai para o incosciente. 
É um ato de amadurecimento suportar todos os opostos, pois eles são as duas faces da mesma moeda. Mas esse amadurecimento vem com o tempo, com as experiências, com nossa abertura para o aprendizado. 
Vamos observar a primeira figura: 


Vemos o alquimista cortando o ovo filosáfico. O ovo é também uma imagem, um símbolo do início, além da forma arredondada, que também é simbolica. Portanto, cortar o ovo é cortar a unidade primordial. Antes da divisão, não há angústias, tudo é uma coisa só. Mas quando se divide, surgem as angústias, porque nesse momento temos que nos posicionar entre os dois polos. Por isso que essa diferenciação não é uma tarefa fácil. Viver na inconsciência original é como aquela pessoa que não para para pensar, ela se identifica com uma leitura da realidade e não questiona se existe outras possibilidades.ela segue a vida pela receita, pela consciência de sua época. É uma pessoa que não cresce, não amadurece. Segue o fluxo, apenas. Ela não cortou o ovo. O primeiro passo é separar-se dessa situação de indiferenciação. A consciência surge da diferenciação entre os opostos.
A segunda figura apresenta o mito de criação do Egito:


Marie Luise von Franz nos diz que qualquer mito de criação se inicia com a separação: o céu da terra, dividir os animais, a noite do dia. Para criar um ambiente organizado, para passar do caos ao cosmo, é necessário separar, diferenciar as coisas. Não dá para viver em um mundo sem orientação. Essa é a primeira operação. Na figura temos Nut (Céu) e Geb (Terra), o feminino e o masculino. Não cabe contar o mito aqui, mas é importante dizer que ele narra a separação entre céu e terra, assim como a mitologia grega conta a história da separação de Géia (Terra)  e Urano (Céu).
O próximo passo depois da divisão em dois polos, é a divisão em quatro partes. Essa é uma divisão arquetípica - vejam os quatro elementos (terra, fogo, água e ar). O 4 é uma ordenação que anuncia o 5, que é o número que representa a totalidade - o quinto elemento, éter, que é a junção dos quatros elementos.
Precisamos dividir para criarmos identidade, e só depois podermos os juntar novamente, em uma relação madura, por exemplo, com cosciência do que é meu e o que é do outro. quando o relacionamento, seja qual for a sua natureza, cria uma relação simbiótica (indiferenciada), nenhum dos dois crescem. E aqui está a importância da Separatio!
Abaixo, a terceira figura:


O alquimista está fazendo um desenho. Ele busca proporções harmoniosas, busca fugir dos extremos e chegar no centramento (que no linguagem junguiana corresponde ao Self). O trabalho alquímico gera a beleza, a harmonia e a ética, que são virtudes necessárias para um bem viver. Quando usamos bem nossa energia, nos mantemos em princípio homeostático, onde as coisas funcionam ordenadamente, tanto na psiquê quanto no corpo. Mas vivemos em uma sociedade que transforma o ouro em chumbo, que é o contrário do trabalho alquímico - que transforma o chumbo em ouro. 
As duas próximas figuras nos apresentam a separação e a integração.



Devemos nos separar/diferenciar, mas somos seres em relação, eu só sou com o outro. Para fazer a integração é preciso trabalhar com os opostos, trabalhar com a sombra, com tudo que não está no consciente. Para integrar é preciso evitar a unilateralidade. E só integrando todos esses conteúdos é que podemos amadurecer e transformar, ao longo do tempo, através das experiências, nosso chumbo em ouro. 

Para ver os outros posts dessa série, clique nos links abaixo:


22 de jul. de 2016

A Matriz

Vamos continuar essa série de textos sobre alquimia e processo de individuação. Estamos em nosso quinto texto. Quem não leu os anteriores, os links estão abaixo:
Iremos agora falar sobre o que os alquimistas consideravam a matriz de seu trabalho e fazer a correlação dessa ideia com a Psicologia Analítica.
A matriz do trabalho alquímico é justamente a natureza, enquanto um princípio feminino. Jung nos diz que o homem se afastou da natureza e dos próprios instintos ao longo do tempo, e por isso é tão importante e urgente recuperar esse contato.E na Psicologia Analítica podemos relacionar a natureza ao inconsciente coletivo, que é o âmbito em que brota nossa consciência. 
Na história da Filosofia Ocidental a oposição entre matéria e espírito se faz presente de forma marcante, fato que favorece esse distanciamento da matriz, a qual é vista como um princípio arquetípico que gera, nutre, acolhe e coloca a pessoa em contato com a força do viver. 
Esse arquétipo é antiquíssimo e todos os seres vivos participam dessa matriz.   
Segundo Jung, quando falta conexão com a matriz arquetípica, ocorre uma falha psíquica. Como exemplo podemos citar pessoas que são vítimas de severas depressões, e chegam a morrer. 
Abaixo, uma imagem da representação do cosmo por um alquimista famoso, Robert Fludd. Nessa representação temos os círculos externos que remetem ao céu - o mundo celestial, do espírito. Ao centro, temos o macaco representando nosso lado instintivo e ligando esses dois âmbitos, a figura feminina que simboliza a natureza, a mãe de todas as coisas e a alma do universo. 



A seguir, vejam esse documento alquímico, repleto de símbolos que buscam compreender a complexidade do universo - e poderíamos dizer, a complexidade de nosso incosciente! No topo, o corpo de uma mulher, Sophia, Sabedoria. Para Jung, tanto a matéria quanto o espírito não podem ser comprovados pela ciência. A matéria ainda é um mistério. O homem da antiguidade sabia disso e não se incomodava, pois atribuia a essa vivência contornos sagrados. Porém, como já foi dito, o homem moderno perdeu essa conexão, mas o mistério continua. Percebemos que o homem tem sede dos dois lados: ele quer entender a objetividade, mas também precisa do mistério, e o desafio é equilibrar esses dois aspectos. Muitas questões que as pessoas levam para o consultório são decorrentes dessa cisão.



Na próxima imagem, vemos a representação da natureza linda, formosa, caminhando com firmeza, ainda que de forma delicada, e o alquimista a seguindo, caquético, de bengala. "Deixe que a natureza seja seu guia". Precisamos de uma atitude de colaboração, amizade e reconhecimento de ambas as partes. 
Transpondo isso para o contexto terapêutico, podemos pensar em nossos sonhos, naquilo que almejamos. Quando eles brotam de um desejo verdadeiro, precisamos nos deixar guiar por essa natureza (conexão com o sagrado) e assim como os alquimistas, transformar o que surge na psique, a partir dos processos terapêuticos: pela palavra, pela arte, através de relaxamentos. Fazer com que o inconsciente relaxe e apareça uma nova compreensão. Esses processos nos ajudam na construção de sentidos para o que vivemos. Devemos acreditar que as respostas estão dentro de nós, caso contrário nada adianta o gasto de energia na busca de uma "cura".
Infelizmente, muitas pessoas perderam essa confiança e não acreditam mais. Temos que nos propor, então a natureza se propõe também. Esse é um diálogo que precisa ser mantido. 



A imagem a seguir, temos um detalhe do pórtico principal da Catedral de Notre Dame, em Paris. Podemos observar a imagem de uma pessoa que tem a cabeça no céu (contato com as ideias superiores) e os pés plantados no chão (aspecto da realidade mais concreta), fazendo a conexão entre céu e terra. A escada se apresenta como a ordem a ser seguida. O livro, a busca pelo conhecimento, tão almejado. O cedro simboliza o saber real, e é símbolo de poder. 
Podemos fazer algumas reflexões sobre essa imagem tão simbólica: todo conhecimento nos confere poder e deve ser bem usado. Os alquimistas alertavam que as trasnformações não acontecima apenas nos processos externos, mas que deveriam ter uma correspondência com os processos internos, para que houvesse um desenvolvimento, acima de tudo, ético.



E para finalizar o texto, a última imagem na qual podemos ver o alquimista mediando a natureza (anjo) e a tecnologia (o forno dentro da construção).



Sabemos que o homem passa por dois nascimentos: o biológico e o nascimento da consciência. Fazer com que a luz da consciência brilhe, se expanda e seja usada de forma positiva é a Opus Magnum de uma vida. Recebemos potências psíquicas da natureza (arquétipos), mas o que fazemos com isso?
Perdemos a confiança nas nossas percepções, na nossa intuição. Tudo tem que ser encaixado e categorizado. Temos um script social a ser seguido e quanto mais buscamos andar nesse trilho, mais distantes estamos da nossa essência. 
Como construir essa ponte entre o visível e o invisível? Pois precisamos dos dois, em um equilíbrio perfeito...
Algumas dicas, apenas... há tantos caminhos quanto sua imaginação permitir!
Converse com alguém mais velho, pergunte sobre coisas da vida e escute sua sabedoria;
Peça inspiração para natureza, se conecte com ela, aprecie um lindo pôr do sol ou apenas veja as folhas de uma árvore dançando ao vento;
Dance ao vento, ouça música que te toque a alma profundamente;
Leia poesia;
Passeie por um livro de Arte e visite museus;
Brinque com seu bichinho de estimação;
Faça a comida que você mais gosta e compartilhe com alguém querido;
Resgate rituais, eles tem o poder de acessar nossa força interior;
Conviva mais com o outro, estamos carentes de reuniões de alma; 
E por fim, perceba a beleza no cotidiano, pois nele está incluído um poder imenso de sacralidade que não nos damos conta!
Quando esquecemos de todas essas coisas, a vida vai ficando vazia. 
Os alquimistas queriam fazer justamente essa reconexão: transformar a matéria simples (cotidiano) em ouro, desde que se veja o ouro presente nessa matéria simples!

Para você pensar:
Nós somos seres criativos, por natureza. E o que fazemos com essa potência que temos?   
A criatividade que existe em nós busca sempre um caminho de expressão. De que forma estamos dispostos a abrir esse caminho?